Solitude

Solitude
À beira do Rio Negro...

domingo, 21 de agosto de 2011

Passeando no Tempo...




De Mãos Dadas


Se nos encontrássemos,
Qualquer dia,
Deixaria, sem receios,
Que ao teu sabor me conduzisses.
Caminharíamos de mãos dadas
Não por ruas novas
Ou por outras já sabidas
Mas por passeios recriados,
Nossos recantos eternos no Tempo
Espaços quase esquecidos
De tão bem guardados.

Nenhuma palavra seria ouvida
(Apenas os olhos falariam)
Seríamos apenas silêncio e ternura
Como canto de fora pra dentro,
Canção sem palavras
Solfejos que os corações murmuram.

Se nos encontrássemos,
Qualquer dia, ou mesmo
Numa falha qualquer do Tempo
Deixaria, sem receios,
Que me desviasses o caminho.
Navegaríamos as longas noites
Que mantive em suspensão
Em sentido ao contra-senso
Voltaríamos de mãos dadas
Ao que não existe mais então...


Manaus, 2008

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