O Dia da Chegada
Chegaste sem alardes,
Sem me avisar que já estavas no mundo.
E eu continuei inocente o meu descaminho,
A tratar-te como um sonho apenas.
Chegaste sem disfarces,
Mas escondida de mim pela distância.
E eu segui a esbarrar contigo pela noite
A chamar-te inutilmente por um nome outro.
Chegaste por um desvio
Desviada de mim por falsos sinais.
E eu perto de ti cheguei por tantas vezes,
Sem sabê-lo, em pranto e desengano.
E quando enfim chegaste ao meu abraço,
Como um rio doce que alcançou a foz
Reunimo-nos, amálgama salobro,
Delta, destino diluído em oceano...
Manaus, 19 de julho de 2010.
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