Transparências
Hoje nossas almas
Comemoram suas bodas.
Relembram o dia
Em que se reconheceram
E se reuniram como transparências,
Matizes incolores de sentimentos afins.
Desde então
Transitam em dimensão única
Sem espaço nem matéria
E nem distância e nem vazio.
Circulam e misturam-se no etéreo
Como correntes de ar
A desalinhar e desafiar o Tempo.
Hoje nossas almas
Festejam cada uma o seu próprio fim
E o seu ressurgir num expandir de fronteiras
Ou no entrelaçar de um novo tecido
Aos olhos invisível,
E impalpável mas terno ao coração
Como um manto cálido
Que de nada reveste
Esse novo existir indivisível.
Manaus, 8 de maio de 2008
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