Tempo/Espaço
Se não consigo mais tocar-te,
Se o Espaço me nega a tua matéria
O Tempo me permite por vezes te arranhar.
E qualquer canção me serve qual punhal
Que conserva imaculada a tua pele
Mas que por dentro te perfura e faz sangrar.
E se choras ao te ouvir em minha voz
Estou na lágrima que te lava o rosto,
Sou agora líquida matéria que evapora
E tu, a voz na canção do Tempo, infinita, ora.
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